Alberto Bitar

Play Video
Efêmera Paisagem

Vídeo de Alberto Bitar
Vídeo, experimental, 4’, 4:3, preto e branco, 2007
Concepção, imagens e edição: Alberto Bitar
Som: Leo Bitar

Play Video
Imêmores

Vídeo de Alberto Bitar
Vídeo, experimental, 4’, 16:9, cor, 2019
Concepção, imagens, edição e som: Alberto Bitar

Play Video
Sobre o lugar de alguém

Vídeo de Alberto Bitar
Vídeo, experimental, loop (31’43” cada), 16:9, cor, 2015 Concepção, imagens e edição: Alberto Bitar
Som: A trip to forget someone

Sobre o artista

Nasceu em Belém (PA) em 1970. Formado em Administração de Empresas pela Universidade da Amazônia – Unama. Jornalista.
Realizou as exposições individuais Solitude (1994), Hecate (1997), Passageiro (2005), Efêmera Paisagem (2009/2011), Sobre o Vazio (2011), Corte Seco (2013 em Belém e 2015 em Porto Alegre) com essas duas recebeu o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Funarte e ainda Imêmores (voos) (2014), Súbita Vertigem (2015), a retrospectiva Fluxo (2016), Imêmores (docs) (2016/17), Sobre o Vazio (2017) Flux (em Durban-Corbiere, França em 2017), Timeline (2019) e Imêmores (_ _ _) (2019).

Tem participado de mostras coletivas no Brasil e exterior, como Evocaciones – mostra de videoarte em Art Lima (Perú), Neblina: A Fotografia no Acervo do MACRS, Usina do Gasômetro (RS), Coleção Itaú de Fotografia Brasileira (Rio de Janeiro e Belém), Salão Internacional de Fotografia Abelardo Rodrigues Antes – Havana/Cuba, Festival Internacional de Curtas de São Paulo, Desidentidad, no Instituto Valenciano de Arte Moderno, na Espanha, e Une Certaine Amazonie, em Paris, dentre outras.

Participou do Antarctica Artes com a Folha em 1996, Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural em 2009, Panorama da Arte Brasileira em 2011, em 2012 foi convidado para a 30a Bienal Internacional de São Paulo – A iminência das poéticas e em 2015 para a 10a Bienal do Mercosul – Mensagens de uma nova América.

Tem obras em acervos como o da Coleção Pirelli/MASP, Museu de Arte Contemporânea da USP – MAC/USP, MAC/RS – MAC Rio Grande do Sul, Museu de Arte Moderna de São Paulo, MAM da Bahia, Museu de Arte do Rio – MAR, Fundação Biblioteca Nacional, Fundação Rômulo Maiorana, Coleção de Fotografias da FNAC/SP, Coleção de Fotografias do Itaú Cultural, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Sistema Integrado de Museus do Pará e Museu de Arte Brasil Estados Unidos.

Tem publicados os livros Passageiro, Efêmera Paisagem, Corte Seco, Súbita Vertigem, Imêmores (voos) e Sobre o Vazio.

Lembro, quando ainda criança, das viagens que fazia com a família para  Mosqueiro, uma ilha banhada pelas baías do Guajará e do Marajó, afastada 70 km  de Belém e para onde ainda tínhamos que atravessar de balsa. Como demoravam  aquelas viagens, pra criança então, pareciam intermináveis. 

Meu lugar no carro era sempre o mesmo, sentava do lado direito atrás de  minha mãe e tenho a lembrança de ficar a maior parte da viagem observando a  paisagem que “passava”, a aparente diferença de velocidade da vegetação de  acordo com a distância do veículo, a faixa branca tracejada que parecia contínua e  as pessoas e bicicletas que passavam a margem da estrada e pareciam borrões. Esse video é isso: uma saudade! 

Na captação dessas imagens, a estrada é outra e a distância é maior, mas  o tempo já não parece tão lento e a paisagem tem semelhanças com a de antes.  Minha mãe já não está no seu lugar, eu o estava ocupando ao lado do meu  pai,que dirigia. 

Esse trabalho tem ainda a finalidade de prestar uma homenagem tanto a  ele, meu pai que também já não está no seu lugar, como aquela Efêmera  Paisagem que passou naquela antiga janela, mas ficou fixa na minha memória.

Alberto Bitar