Paula Sampaio

Árvore
Concepção, captura de imagem(filme) e som : Paula Sampaio
Técnica: Video
Local/Data: Filme realizado pela fotógrafa Paula Sampaio no Lago de Tucurí(PA) em 2013. Desdobramento da fotoinstalação apresentada no Arte Pará/2012. Finalizado em 2015 por meio do Programa de Incentivo a Arte e Cultura SEIVA/Fundação Cultural do Pará.
Edição final: Marcelo Rodrigues (com participação de Nando Lima)
Sobre a artista
Nasceu em Belo Horizonte (MG), em 1965. Vive e trabalha em Belém, Pará , desde 1982.
Ainda menina, veio com sua família para a Amazônia e mais tarde escolheu Belém para viver e trabalhar. Começou a fotografar profissionalmente em 1987 e optou pelo fotojornalismo. Frequentou as oficinas da Fotoativa e atuou na Comissão dos Repórteres Fotográficos do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Pará (Sinjor–PA). Trabalhou como repórter fotográfica no Jornal O Liberal, em Belém/PA, entre 1988 e 2015. É graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e especialista em Comunicação e Semiótica pela PUC–MG.Desde 1990 realiza projetos e ensaios de fotografia sobre as migrações na Amazônia, a partir do cotidiano das comunidades que vivem às margens das grandes estradas abertas na região nos últimos 50 anos, principalmente as rodovias Belém–Brasília e Transamazônica, e de grandes projetos de exploração hídrica e mineral, com especial atenção para os processos de ocupação e colonização da região e as memórias orais. Além das imagens recolhe histórias de vida (relatos gravados e/ou escritos) das pessoas que encontra por esses caminhos.
“Árvore” é uma proposta de utilizar a linguagem visual (fotografia e vídeo ) como instrumento de reflexão e diálogo sobre a maneira como estamos vivendo e morrendo nessa parte da Amazônia Brasileira. Pensada como uma fotoinstalação é uma espécie de “filha” do documentário “O Lago do Esquecimento” que realizei em Tucuruí, na área inundada à época da construção da usina hidrelétrica,.O alagamento fez surgir uma paisagem fossilizada e silenciosa que nos revela o que restou de tudo que desapareceu (florestas, animais, cidades, pessoas e suas histórias).
Em uma das viagens, fiz experiências com imagens em movimento, pequenos filmes de estranhos troncos de árvores amarradas como animais nas margens do lago. Uma falha técnica provocou a perda de todos esses arquivos, restaram apenas duas fotografias, e uma delas se tornou a base para a construção das ações que fazem parte dessa fotoisntalação a partir do pensamento: “Como libertar uma árvore?”
Fiz vários exercícios simbólicos de libertação utilizando bandeiras com a imagem desse tronco amarrado. Uma soltei nas águas, outra ao vento e por fim a terceira foi queimada em uma das ilhas de Tucuruí, sua origem. O processo todo pode ser visto no site www.paulasampaio.com.br