Alberto-Bittar
Elza Lima
Elza Lima

Ismália
Vídeo Elza Lima
Montagem Alberto Bitar
Participação Luciana Magno
Sobre a artista
Elza Lima (Belém PA 1952)
Fotógrafa.
Fotografa desde 1984. Seu trabalho se debruça em espaços Amazônicos e sua produção se caracteriza pela utilização dos cenários abertos, para captar situações oníricas de um tempo de aceleradas mudanças. Participou de diversas exposições no Brasil e no exterior, com destaque para:
1995: Kunstmuseum Des Kantons Thurgau: Elza Lima e Barnabás Bosshart – Suiça, (conclusão de uma bolsa de pesquisa, com duração de 8 meses, concedido pela instituição como prêmio);
1995: 3 Internationale Fototage, Herten – Alemanha;
1996: Contemporary Brasilian Photografy, The Photographers Gallery – Inglaterra;
1997: “Imágenes de Brasil” – Coleção Pirelli (Venezuela, Colômbia e Argentina)
1998: “Brazil without Frontiers”, Clark Gallery, Austin & Fong/ Heimerdinger – Estados Unidos, São Francisco;1998: Brasilianische Fotografie . Kunstmuseum Wolfsburg – Alemanha,1946 – 1998;
2000: “Brasil Sem Fronteiras” – 3a. Bienal Internacional de Fotografia – Solar do Barão – Curitiba;
2002: “Visões e Alumbramento: Fotografias Contemporâneas Brasileira da Coleção Joaquim Paiva”, Pavilhão Lucas Nogueira Garcez – Oca, SP;
2003: “Labirinto e Identidades” – Fotografia no Brasil 1945 a 1998. Centro Universitário da USP Maria Antônia- SP;
2003/2004: “Mapas Abiertos” – Espanha, Madri;
2005: Festival De L’OH – França, Paris;
2010: International Photography Festival – China, Pingyão;
2010: Brazil Without Frontiers – Houston Center For Photography – USA;
2010: Amazônia , a arte
Museu Vale , ES e Palácio das Artes , BH, MG;
2010: Elza Lima “À Deriva”, na Casa das Onze Janelas, Belém/PA;
2012: Amazônia , ciclos de modernidade
Centro cultural Banco do Brasil – CCBB RJ e CCBB DF;
2012: Elza Lima “Yaci Uaruá – As Amazonas do rio Mar”, no CCBEU – Belém/PA – Prêmio Marc Ferrez de Fotografia
2018/2019: Foto Festival Solar- Exposição Terra em Transe. Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura – MAC Ceará;
2019: Clube de Colecionadores do MAM. SP Arte Pavilhão da Bienal de São Paulo;
2020: Retratos de Mulheres por Mulheres. Galeria de Fotos FIESP- SESI- SP. 15 de outubro / 20 de dezembro
2020: Exposição Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM – 20 Anos. Museu de Arte Moderna de São Paulo. 13 de outubro / 01 de agosto de 2021
2021: Exposição Norte sem norte. Fotografias de Elza Lima. Galeria de Fotos FIESP- SP. 21 de janeiro/ 01 de agosto
2021: La Tragedia Se Mascaba En Aire. Ponce + Robles – Madri. 09 de setembro / 29 de outubro 2021
2021: Les Territoires De L’Eau. Initial Labo – Paris. 23 de setembro / 10 de outubro
2021: Presença. Metrô República – São Paulo. 21 de setembro / 31 de outubro
2021 : Terra em Transe. Museu Afro Brasil / São Paulo. 18 de setembro / 15 de dezembro
Suas obras podem ser encontradas nos acervos de instituições como:
Centro Português de Fotografia, Porto- Portugal;
Kunstmuseum Des Kantons Thurgau, Suíça;
MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro;
MAR – Museu de Arte do Rio;
Museu de Arte Moderna de São Paulo;
MASP – Museu de Arte de São Paulo.
Atualmente desenvolve trabalho de pesquisa sobre as pescadoras do Porto do Milagre, em Santarém, região do Baixo Amazonas. Ministra cursos e palestra no Brasil e exterior.
Melissa Barbery
Melissa Barbery

Ahora
Vídeo . 5 min . Cores . 2007
Sobre o artista
Nasceu em Belém, no Pará, em 29 de janeiro de 1977. Vive e trabalha em Belém, PA. Artista Visual e Designer, Graduação em Artes Visuais e Tecnologia da Imagem, na Universidade da Amazônia em 2006, Mestrado em Artes na UFPA em 2012, Doutoranda em Artes na UFPA em Andamento 2022. Desenvolve projetos de Objetos, fotografias, vídeos e instalações, tendo participado de exposições coletivas com seus trabalhos: 2021, Lamber a Cidade, Vídeo Ação – 12º Prêmio Diário Contemporâneo de fotografia, Local Evento: Mufpa, Cidade do evento: BELÉM, AMAZÔNIA/PARÁ. Instituição promotora: Jornal Diário do Pará. 2019; Instrumentos de Resistência, Objetos Manifestos, Local Evento: Galeria Theodoro Braga, Cidade do evento: BELÉM, AMAZÔNIA/PARÁ. Instituição promotora: Fundação Cultural do Estado do Pará. 2018; Boreal (Objeto) – Ocupação PPGArtes: Ideias Libertarias – apresentação final,. PPGARTES – UFPA, BELÉM, AMAZÔNIA/PARÁ. 2016; DIAGRAMAS, Local Evento: Galeria Elétrica. Cidade do evento: Belém. País: Brasil. Instituição promotora: Xumucuíns. 2015; 10ª BIENAL DO MERCOSUL,. Local Evento: Usina do Gasômetro, Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, Memorial do Rio Grande do Sul, Santander Cultural e Centro Cultural CEEE Erico Verissimo) e no Instituto Ling, na zona norte de Porto Alegre.. Cidade do evento: Porto Alegre. País: Brasil. Instituição promotora: Fundação Bienal do Mercosul.2014; ARTE PARÁ – #ïntimogrão, 2014. Local Evento: Museu do Estado do Pará (MEP). Cidade do evento: Belém. País: Brasil. Instituição promotora: Fundação Rômulo Maiorana. 2014; POROROCA – A AMAZÔNIA NO MAR. Local Evento: Museu de Arte do Rio – MAR. Cidade do evento: Rio de Janeiro. País: Brasil. Instituição promotora: Museu de Arte do Rio – MAR.
SINOPSE:
Este vídeo trata da memória como algo vulnerável e passageiro, inicia com um texto escrito pela artista e falado pela sua avó em sua língua natal, espanhol, esta narração é seguida de uma performance onde uma planta é despetalada até quase o fim de suas.
TEXTO:
Ahora todo está imprevisible y calmo como cuando yo era un niño, yo me sorprendo mirándome el mundo con la misma incompreencion, as veces es como si todo estubiera en cámara lenta, yo puedo tocar los rastros que las luzes derran, yo intento quedarme aqui, pero cuando yo noto já me fui, no me pregunte para donde. Donde uno día existiu sufrimiento, hoy tenemos paz, es lo que te deseo. Escrito por Melissa Barbery e Guehisa Schlossinger, lido Melissa Barbery e Guehisa Schlossinger
VÍDEO INSTALAÇÃO:
É uma Paisagem contemporânea, composta pelo vídeo e por uma planta, esta recebe um foco de luz constantemente numa tentativa de reproduzir o mesmo clima em que o vídeo foi criado, sugerindo um convite ao público para partilhar das reflexões da artista a certa das questões que envolvem a “memória” seja ela individual ou coletiva e quem sabe também despetalar a planta.
Vicente Cecim
Vicente Cecim

Permanência
Permanência, 1976, 19’58″

Rumores
Rumores, 1979, 27’06’’

Sombras
Sombras, 1977, 19’39”
Sobre o artista
Descendente de brasileiros amazônicos e de libaneses e sardos emigrantes, Vicente Cecim nasceu e vive na Amazônia. Quando seu filho Franz — em memória de Kafka — foi assassinado, jovem, abrigou no seu o nome do filho e passou a escrever seus livros visíveis de Andara como Vicente Franz Cecim. Mas a concepção de Viagem a Andara oO livro invisível, livro não escrito, puramente Imaginal, se atribui, miticamente, a Cecim da AmazoOnia, em gesto de doação de toda a sua obra àquela que chama de a Floresta Sagrada. Desde 1979 Cecim gera Viagem a Andara oO livro invisível, o não-livro que escreve com tinta invisível. E seus livros visíveis, escritos, emergem dessa literatura fantasma como emissões da física e metafísica Andara, trans-figuração da Amazônia em região-metáfora da vida. Em 1983 seu Manifesto Curau/Flafrados em delito contra a noite, lançado durante a primeira SBPC, em Belém, foi uma reflexão e um apelo à insurreição poética e política da Amazônia, o Imaginário da região e a invenção de Andara. Denúncia contra o crime de não sonhar. Menção especial no Prêmio Internacional Plural, México, em 1981, com Os jardins e a noite – sob o título A Noite do Curau – revelação de autor em 1980 por Os animais da terra, e, em 1988, Grande Prêmio da Crítica, dois prêmios da APCA— Associação Paulista de Críticos de Artes, o segundo pelos sete primeiros livros de Andara, reunidos em Viagem a Andara, nessa década também dado a Hilda Hilst, Cora Coralina, Mario Quintana e, na seguinte, a Manoel de Barros. Transcriados, foram relançados em A asa e a serpente e Terra da sombra e do não, em 2004. Em 1994, quatro novos livros em Silencioso como o Paraíso, avançaram na conversão da sua literatura em pura escritura. Leo Gilson Ribeiro disse ser “um dos mais perfeitos livros surgidos no Brasil nos últimos dez anos”. Passando a publicar seus novos livros em Portugal, em 2001, Ó Serdespanto, livro duplo reeditado pela Bertrand Brasil em 2006, foi apontado pela crítica portuguesa no jornal Público como o segundo melhor do ano e Cecim saudado por Eduardo Prado Coelho como “Uma revelação extraordinária!” O lançamento em Portugal de K O escuro da semente, em 2005, inaugurou nova fase em sua linguagem, a Iconescritura, mescla de palavras, silêncio de páginas em branco e imagens, prolongada em 2008 com oÓ: Desnutrir a pedra e, em 2014, com Breve é a febre da terra, que recebeu o Prêmio de Ro-mance Haroldo Maranhão da Casa das Artes. Em 2015 publicou Fonte dos que dormem, pela editora Córrego, e em 2016 saiu a edição brasileira de K O escuro da semente, pela editora LetraSelvagem, ambas de São Paulo — sendo K apontado como um dos quatro finalistas ao Prêmio Livro de Poesia do Ano pela APCA. Este volume revela os inéditos e mais recentes livros visíveis de Andara: oO Círculo suas Rendas de Fogo, Coisas escuras procurando a luz com dedos finos cheios de ervas e também Oniá — reunidos no conjunto Oniá um Lugar cintilante. Mas oculta Os animais da terra, de 1980, Breve é a febre da terra, e contém apenas fragmentos de oÓ: Desnutrir a pedra, de 2008, pelo limite de páginas desta seleção. Cineasta, Cecim é o criador dos filmes KinemAndara. Jornalista profissional, se iniciou na profissão em 1967. Em 2019 foi lançado na França, bilíngue, seu livro Os jardins e a noite/Les jardins et la nuit, pelas editoras Hedra e No Livro.
Antes de iniciar sua obra literária, Cecim realizou em super-8 nos anos 70 o ciclo de filmes kinemAndara, agora exibidos em versão digital. E suas reflexões sobre o cinema evocam a permanente tensão de sua escrita entre o visível e o invisível. Voltou a filmar quase trinta anos depois, em 2007, para fazer com seu filho Bruno Cecim (fotógrafo e cineasta) o filme, Marráa Yaí Makúma – Aquele que dorme sem sono, disponível no You Tube e no Vimeo entre outros vídeos . Entre seus filmes mais recentes constam: A Lua é o Sol, Fonte dos que dormem e K+afka. O emprego da Imagem é também uma característica da sua obra literária. Sob a forma de ícones, antes silenciosos e imóveis: Iconocanto, mesclando som e movimento virtuais publica o poema Não é a água (O) que se bebe. E o último trabalho áudiovisual A Cicatriz Perfeita em 2021.
É indispensável homenagear Vicente Cecim, falecido em 2021, nesta História da Videoarte da Amazônia / Pará. Embora Cecim tenha filmado em película numa câmera super-8 tão usada por artistas do Brasil em resistência à ditadura militar de 64, a transcrição em vídeo facilitou esta inclusão com três obras capitais de seu cinema experimental (o KinemAndara), veio poético e dimensão filosófica: Permanência (1976), Sombras (1977) e Rumores (1979).
Embora há quem queira ver construção surrealista na filmografia de Cencim, Permanência (1976) é filme de densidade psíquica num universo que por vezes se aproxima de Clarice Lispector e sua busca de uma Presença do Outro e da insuficiência do eu. Esse jogo de ausências já anunciava que o cinema sem script de Cencim se constituía do acaso e do desenrolar da hora, como um fluxo espontâneo dos afetos e da sociabilidade. Permanência (1976) aborda o insolúvel vazio essencial constitutivo do sujeito.
Já se disse que o filme Sombras (1977) é uma parábola sobre o exílio da velhice, reflexão sobre o tempo e a solidão nos asilos. No entanto, para além de uma reflexão sociológica da velhice e da distribuição biopolítica dos corpos nas instituições de refúgio, Sombras é do campo da filosofia da existência, da irrecorrível passagem do tempo e previsão da morte. Tempo fugit. Essa é a inquietação mór que a obra de Cecim nos faz confrontar: a incompreensibilidade da morte e do devir para o fim.
Vidente Cecim quis que seu cinema fosse um lugar da solidão, do estar consigo mesmo na errância da existência. Silêncio e questionamento da necessidade de escuta atravessam o espectador no limite do indizível. Rumores (1979) é esse filme, no qual o autor teve a sensibilidade alimentada por Limite (1931) de Mário Peixoto, que havia sido recuperado pela Funarte, e por O Evangelho Segundo Mateus (1964) de Pier Paolo Pasolini.
Em seus experimentos imagéticos, Vicente Cecim operou com o sentimento do vazio do mundo que está na psicanálise de Lacan, na literatura de Clarice Lispector e na obra de Lygia Clark e Mira Schendel; com as questões heideggerianas sobre o ser e o tempo e com os limites do dizível no limiar da metafísica, como discutiu Wittgenstein. O visível pede uma voz. Em Vicente Cecim é o cinema que lhe pede a literatura, não o oposto. Antes de refletir criticamente sobre a Amazônia através do discurso literário, ele precisou pensar o sujeito amazônico na metrópole. Por tudo isso, em conclusão, há que se pensar a obra de Vicente Cecim como da ordem do cinema do inapelável na existência humana.
Val Sampaio
Val Sampaio

Delírio
Videoarte, participou do II Salão de Arte Contemporânea – Belém – 1993, e Arte Pará 2009
FICHA TÉCNICA
DIREÇÃO E ROTEIRO; VAL SAMPAIO
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: ANIBAL PACHA
EDIÇÃO: MAURO LIMA E VAL SAMPAIO
PRODUÇÃO: DÊNIO MAUÉS, MARIANO FILHO E MAURO LIMA
MÚSICA: BORN NEVER ASKED – LAURIE ANDERSON
Sobre a artista
Nasceu em Belém, no Pará. Vive e trabalha em Belém, PA. Artista visual, atua com mídias diversas: arte mídia, videoarte, fotografa, instalações, intervenções e ações. Pertence a geração que produziu videoarte nos anos 90.
Exposições Coletivas:
1993/2009 – O Delírio, vídeo, participou do II Salão de Arte Contemporânea – SPAC (Belém-1993) e Arte Pará; 2006/2013 – O JOGO ou para que servem os amigos? – instalação – Primeiro Prêmio do Salão Primeiros Passos; com a instalação; 2007 – Museum Habitat 1 e Museum Habitat- 2 duas instalações. Projeto Curto Circuito das Artes da Casa dos Onze Janelas com Neio Lúcio; 2007 – Permanência- instalação – Primeiro Prêmio do Arte Pará – coautoria com Mariano Klautau Filho; 2008 – Residência artística Kunsthaus – Wiesbaden – Alemanha; desenvolveu instalação Finisterra em coautoria com Mariano Klautau Filho; 2010-2011 – ÁGUA intervenção com mídias locativas, no rio Amazonas (Santarém-Óbidos-Oriximiná).2010 – Cavername (2010) instalação, em parceria com Art Mov, Lab Vivo, Lei Semar, Pós-Doutorado em Arte na ECA/USP; 2012-2019 – ENCONTROS objeto/dispositivo com Gilbertto Prado e Grupo de Pesquisa em Poéticas da ECA-USP. 2014 – Projeto Amoreiras, Instalação. video e dispositivo, exposição coletiva, “Itau Cultural e EMMEIO#6.0, Museu Nacional da República, Brasília; 2015 – PAISAGEM no. 02 – Coletivo de Dezembro 2015 ‘MOSTRA INSTAGRAM’ – Galeria Kamara Kó. 2016 – LIVRO D’ÁGUA, livro de artista, exposição ‘Foto Contam Fotos’, na Galeria Vermelho, São Paulo-SP. dezembro 2015/janeiro 2016; 2015 – ‘VISTA’ – FOTOGRAFIA, EXPOSIÇÃO INDICIAL. SESC Belém; 2015 – PAISAGEM no. 02 – Coletivo de Dezembro 2015 ‘MOSTRA INSTAGRAM’ – Galeria Kamara Kó; 2016 – A JANELA – Val Sampaio e Mariano Klautau Filho, instalação, exposição coletiva PARTI-CIPATION V BISCHOFSHEIM, HAFEMANN INTERNATIONAL, CASA DE CULTURA DE ÓBIDOS-PARÁ, ÓBIDOS-PARÁ; 2018 – REPÚBLICA 197 – INVISÍVEIS, instalação multimídia – exposição coletiva ‘Do ponto ao Píxel’ do MABEU/IBRAM; 2019 – BRASIL TODAY – instalação interativa de vídeo e outros materiais – exposição coletiva sob curadoria de Nina Matos, para Arte Pará; 2019 – EU – [Performance orientada para Fotogra a] Arte Pará; 2019 – MARCHA DAS MULHERES GUERREIRAS – BRAZIL TODAY – intervenção urbana com lambes Salão Arte Pará.
Exposições Individuais
Cidade Rede – instalação – Prêmio SIM de Artes Visuais Em 2008 realizou com a articulando com ações Taxonomia das Árvores marcou 171 mangueiras na Avenida Nazaré, e a ação Luz no Manoel.
Orlando Maneschy
Orlando Maneschy

Mata Lago Bolonha
2012.
série: Desaparições
15 ’52”
Arquivo digital – HD – MOV.

No instante decisivo (amarelo e verde, 2008-2018,
Díptico em Video (apresentado em duas tvs)
2008 – 2018.
06’54

Suspiro en el vacío Suspiro en el abismo
2020
Videoarte
00’51”
Sobre o artista
Artista, Professor e Curador Independente. É líder do Grupo de Pesquisa Bordas Diluídas – CNPq. Realizou Pós-doutoramento supervisionado no Centro de Investigação e de Estudos em Belas Artes da Faculdade de Belas Artes de Lisboa (CIEBA-FBAUL – 2015 a 2016) com bolsa CAPES. É Professor Associado do Instituto de Ciências da Arte – ICA da Universidade Federal do Pará, onde ministra cursos na graduação e pós-graduação (Mestrado e Doutorado). É mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo [Artes] (2001) e doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo [Signo e Significação nas Midias] (2005). Possui graduação em Comunicação Social pela Universidade Federal do Pará, com habilitações em: Jornalismo e Publicidade (1991 e 1998 respectivamente), Desenvolve pesquisas em arte contemporânea, como: A relação da Imagem nas Artes Visuais – Mapeamento da produção imagética na arte contemporânea paraense, contemplada pelo Programa de Auxílio ao Recém Doutor – PARD e Acervo de Videoarte Paraense: sistematização e análise crítica, contemplado pelo edital 80/2013 do CNPq. . Tem experiências na área da Arte, Comunicação, Imagem e Moda, em questões teóricas e práticas da imagem e da fotografia. Atua em projetos de arte no Brasil e no exterior. Em 2007 lançou o livro Seqüestros: imagem na arte contemporânea paraense. Dentro de suas ações há a criação e articulação do Mirante ? Território Móvel, que é uma plataforma de ação ativa que viabiliza proposições de arte na cidade de Belém. Em 2008 recebeu Bolsa Funarte de Estímulo à Produção Crítica em Artes (Programa de Bolsas 2008). Foi consultor na região norte no projeto Arte no Brasil: textos críticos do século XX / Documents of 20th century Latin American and Latino Art: A Digital Archive and Publications Project, 2008. No final de 2009 lançou o livro JÁ! Emergências Contemporâneas, livro organizado em parceria com Ana Paula Lima com críticos e artistas brasileiros. Idealizador e curador do Projeto Amazônia, Lugar da Experiência, (contemplado com o Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça / Prêmio Procultura de Artes Visuais 2010), projeto este que funda a Coleção Amazoniana de Arte da UFPA. Realizou, dentre outras, as seguintes curadorias: Perspectivas ? Cinco Olhares Sobre a Amazônia, no Mês Internacional da Fotografia de São Paulo, realizado pelo NAFOTO, 1999, SP; O Corpo Sutil das Imagens ? Fotografias de Gratuliano Bibas, Museu do Estado do Pará, 2002; Projeto Correspondência, Galeria ArtSpot, 2003, EUA e seu desdobramento na Galeria Gratulino Bibas, 2008, Belém, PA; Entorno de Operações Mentais, Galeria Fidanza, 2006, PA; Quase Pintura, MABE, 2006, PA; Circuito Distinto, MABE, 2006, PA; Seqüestros, Laboratório das Artes ? Casa das 11 Janelas, 2007, PA; Contigüidades ? dos anos 1970 aos anos 2000 (40 anos de história da arte em Belém), Museu Histórico do Estado do Pará, 2008; Projeto Arte Pará 2008, 2009 e 2010; Amazônia, a arte e Contra-Pensamento Selvagem, (esta última com Paulo Herkenhoff, Clarissa Diniz e Cayo Honorato), 2011 e Amazônia, Lugar da Experiência, em 2012, etc
Próximo de completar três décadas de produção, Orlando Maneschy é um pioneiro da videoarte no Pará, iniciando-se com a experiência Caixa de Pandora (1993), documentário da mostra na Galeria Theodoro Braga em Belém. O artista sinalizou um foco em questões das personalidades mutantes da vida contemporânea, através de amigos performes, que representam gente esquisita, incomum, especiais, inclusive o universo trans. Por isso, Caixa de Pandora também inaugura a agência queer no vídeo do Pará. A produção de vídeos de Maneschy inclui: O Estranho (1995); sem título (Pode falar?, 1997); Coleção (2003); a série Desaparições se desdobra nas seguintes versões: México #00 (2008), Berlim #00 (2009), Wiesbaden #00 e #01 (2009); Mata Lago Bolonha (2011 em Belém), Costa Caparica #01 e #02 (2016); Monserrate Sintra #01 e # 02 e Costa Caparica #03 (2021); sem título [âncoras em desnorteio], parte integrante da instalação Istmo (2011); Homenagem a Turner (2011); Lamb #001 (2012); Instante Decisivo [Amarelo e Verde] (díptico, 2008-2018); Suspiro en el vacío Suspiro en el abismo (2019), entre outros.
Nas Desaparições, o artista adentra em espaços de natureza e caminha até sumir na paisagem, só interrompendo seu percurso quando avançar se torna inviável. O vídeo para Maneschy é um aparelho ágil e móvel que lhe permite experimentar o desvio, a errância, o desnorteio, a deriva, a desorientação, o descaminho, o arruinamento, o abismo, o estranhamento, o atrapalho, tredestinação, a erraticidade, o vazio. Em resumo, a gênese política das Desaparições está no sujeito moderno urbano que se desencontra dos espaços da natureza como uma desnaturalização de si na experiência da vida. Em relances, às vezes quase imperceptíveis, a tensão surge entre a distância afetiva e a paisagem do homem urbano. Mata Lago Bolonha vai mais adiante, pois o artista caminha no bosque que protege os mananciais que abastecem Belém, cidade situada no delta do rio Amazonas, para anunciar a crise hídrica do mundo e dos rios aéreos produzidos pelo regime pluvial da Amazônia.
Na série Desaparições, Mata Lago Bolonha o artista realiza sua ação no bosque que rodeia os mananciais que abastecem a cidade de Belém. Há uma condição luminosa no espaço, com reflexos de raios de luz que se projetam ciclicamente no ambiente, provenientes do ponto de partida do performer. “Tempo e fluxo são questões significativas neste projeto,” arremata Maneschy, “Questões da existência e da temporalidade do homem em relação ao planeta e ao cosmos. A falácia de nossa grandiosidade humana diante da natureza.”
Suspiro en el vacío Suspiro en el abismo (2019) é uma síntese do isolamento pandêmico, desejo de vida, de natureza e do arruinamento moral e material do Brasil inaugurado em 2019. Depois de sete meses de quarentena, o artista vai à praia do Maraú, na ilha do Mosqueiro. Diz Maneschy que se deparou com a força da natureza, do rio-mar que continua ali, seguindo seu curso alheio ao drama e agruras do antropoceno, a despeito de tudo, a despeito da humanidade. A bandeira rota simboliza vida, morte, desalento, silêncio e sufocamento. O horizonte em desalinho é o avesso e o inverso do que os brasileiros esperam para seu país, hoje à deriva.
Mariano Klautau Filho
Mariano Klautau Filho

Inútil Paisagem
Duração : 7min
Ano : 1994
Estado: Pará
Sinopse :
Um homem em um quarto de hotel em algum canto do mundo. Ele está de passagem e à espera de um recado, um contato telefônico que pode mudar o seu trajeto. Não há diálogo, e sim os poemas No Lugar do Sangue e Estranho de Max Martins como eixo narrativo do vídeo
Ficha Técnica : realizado originalmente em VHS
Direção, roteiro e argumento: Mariano Klautau Filho/Direção de ator: Nando Lima/Produção Executiva: Marcia Mendes e Val Sampaio/ Câmera e Fotografia: Mauro Lima/ Edição: Mariano Klautau Filho, Mauro Lima e Mauro Melo/ Música: Claudio Coimbra/ Elenco: Alberto Silva. Vozes dos poemas: Valéria Andrade e Aury Porto. Vozes telefônicas: Rodolfo Klautau e Paula Wiese
Sobre o artista
Artista, pesquisador em arte e fotografia, professor e curador independente. Doutor em Artes Visuais pela ECA/USP e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Professor da Universidade da Amazônia – UNAMA, Belém. Curador do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, em Belém e da mostra Antilogias: o fotográfico na Pinacoteca, em São Paulo, onde foi consultor de fotografia em 2016 e 2017. Como artista participa de mostras no Brasil e exterior e possui obras nos acervos do MAM de São Paulo, Museu de Fotografia de Curitiba, Coleção Joaquim Paiva – RJ, Coleção Pirelli/MASP – SP, MAR – Museu de Arte do Rio – RJ, Casa Niemeyer – Brasília – DF entre outros.
Exposições coletivas:
Viagem à Aurora de Um Novo Mundo – Galeria b_arco – SP (2020).
Triangular: arte deste século – Casa Niemeyer – Brasília – DF (2019/2020).
Feito poeira aovento – Fotografia na Coleção MAR – RJ (2017/2018).
Cidades invisíveis – MASP – SP (2014).
Finisterra (individual) – Fauna Galeria – SP (2010) e Fotoclub – Montevideo – Uruguay (2009).
Bienal del Fin Del Mundo – Ushuaia – Argentina (2007).
Desindentidad – IVAM -Valência – Espanha (2006).
IX Bienal de Havana (2006)
entre outras.
Exposições individuais:
Paisagens da Janela – Galeria Ângelus – Belém, 1988
Sincronicidades – Museu da Imagem e do Som – São Paulo, 1998
Galeria Fidanza – Belém e Museu da Fotografia Cidade de Curitiba, Solar do Barão, Cutitiba, 1999.
Finisterra, Museu do Estado do Pará, Casa das Onze Janelas, 2008
Fotoclub Uruguayo – Montevideo, 2009 e Fauna Galeria – São Paulo, 2010.
Transitivo – Inéditos e Dispersos – Kamara Kó Galeria, Belém, 2018.
Walda Marques
Walda Marques

Pássaros de uma asa só
Vídeo 3’30
Criação, direção, produção, narração, figurino e maquiagem
Walda Marques
Elenco
Passaro Bruno Araujo
Aurora @gessyclara
Pititi@moura_amanda
Dom Antônio @paulo.rsantana
Petrus @stefanops
Sobre a artista
Walda Marques (Belém, 1962) é uma fotógrafa brasileira.
Começou a trajetória profissional fazendo maquiagem para teatro, televisão e estúdio fotográfico. Começou a fotografar em 1989, depois de participar de oficinas de Miguel Chicaoka. Em 1982, em parceria com Otávio Cardoso, abriu o estúdio WO, explorando retratos, fotonovelas e colagens com fotografias e ilustrações.
Conquistou prêmios no Salão de Fotografia do Centro Cultural Brasil Estados Unidos, em Belém (1997), no projeto Abra/Coca-Cola, em São Paulo (1998) e no Salão de Arte do Pará (1997 e 2000).
Recebeu em 2013 a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura
Vídeos na Aldeia
Vídeos na Aldeia

História do Antes
Produção: Vídeo nas Aldeias
Autor: Arlete Juruna (direção e fotografia) e Wallace Nogueira (fotografia)
Título: A história do antes
Ano: 2019
Tempo: 12´04″
Sobre os artistas
Criado em 1986, Vídeo nas Aldeias (VNA) é um projeto precursor na área de produção audiovisual indígena no Brasil. O objetivo do projeto foi, desde o início, apoiar as lutas dos povos indígenas para fortalecer suas identidades e seus patrimônios territoriais e culturais, por meio de recursos audiovisuais e de um produção compartilhada com os povos indígenas com os quais o VNA trabalha.
O VNA surgiu dentro das atividades da ONG Centro de Trabalho Indigenista, como um experimento realizado por Vincent Carelli entre os índios Nambiquara. O ato de filmá-los e deixá-los assistir o material filmado, foi gerando uma mobilização coletiva. Diante do potencial que o instrumento apresentava, esta experiência foi sendo levada a outros grupos, e gerando uma série de vídeo sobre como cada povo incorporava o vídeo de uma maneira particular.
Em 1997, foi realizada a primeira oficina de formação na aldeia Xavante de Sangradouro. O VNA foi distribuindo equipamentos de exibição e câmeras de vídeo para estas comunidades, e foi criando uma rede de distribuição dos vídeos que iam produzindo. Foi se desenvolvendo e gerando novas experiências, como promover o encontro na vida real dos povos que tinham se conhecido através do vídeo, “ficcionar” seus mitos, etc.
O VNA foi se tornando cada vez mais um centro de produção de vídeos e uma escola de formação audiovisual para povos indígenas. Desde o “Programa de Índio” para televisão em 1995, até a atual Coleção Cineastas Indígenas, passando por todas as oficinas de filmagem e de edição do VNA, em parceria com ONGs e Associações Indígenas, o projeto coloca a produção audiovisual compartilhada ao centro das suas preocupações.
WALLACE NOGUEIRA
Wallace Nogueira, 44 anos, cineasta com formação em filosofia, é diretor, roteirista, fotógrafo, montador e finalizador, além de designer com algumas publicações lançadas. É sócio-fundador da Vogal Imagem, produtora fundada em 2006. Produziu seu primeiro longa-metragem entre 2008 e 2010 pelo programa DOCTV BRASIL IV, Álbum de Família. Em seguida produziu os premiados curtas metragens como “Carranca”, 2014, e “Menino do Cinco”, 2012. Wallace ministrou cursos em alguns projetos formando professores em audiovisual (Secretaria de Educação da Bahia) e realizando oficinas e monitorias (Centro de Formação em Artes do Estado da Bahia, Museu de Arte Moderna da Bahia, Kabum-Escola de Comunicação Interativa), e contribui para a realização de projetos audiovisuais de outros realizadores e parcerias. Atualmente vive em Olinda, PE e é colaborador no Vídeo nas Aldeias.
ARLETE JURUNA
Arlete Juruna 40 anos, atualmente vive na TI Paquiçamba, Aldeia Paquiçamba, na Volta Grande do Xingu, PA. Diante de seu olhar sensível e sempre atento à história de seu povo, Arlete realiza o filme “Reencontro dos Yudjá” em 2016, filmando o encontro do Povo Juruna, Volta Grande do Xingu, com o Povo Yudja, Reserva Indígena Xingu, ambos da mesma etnia, mas separados por um século. E em 2019 realiza o seu segundo filme “A História do Antes”, onde filma seu pai Manuel Juruna, num belo relato sobre as transformações vividas por ele no seringal as margens do rio Xingu
Victor de La Rocque
Victor de La Rocque

O Senhor é meu Pastor e nada me faltará
performance/videoinstalação
(9min/looping – sem audio)
2012
Sobre o artista
É artista múltiplo, estudou música erudita no conservatório Carlos Gomes, Artes Cênicas na Universidade Federal do Pará, graduação e licenciatura em Artes Visuais pela Universidade da Amazônia e mestrando em artes visuais no Instituto de Artes da UNESP. Participa de exposições, festivais e residências artísticas no Brasil e exterior. Grande Prêmio do Arte Pará 2008, exposição Caos e Efeito, Contra pensamento selvagem (Itaú Cultural), Performance Arte Brasil (MAM-RJ), Amazonian Video Art (CCA Glasgow), Pororoca: a Amazônia no MAR (Museu de Arte do Rio de Janeiro), Amazônia – Ciclos da modernidade (CCBB-RJ), com curadoria de Paulo Herkenhoff, Amazônia: Lugar da Experiência curadoria de Orlando Maneschy, teve sua primeira exposição individual no Paço das Artes/MIS (São Paulo) com a curadoria de Daniela Labra, The Performance Arcade (The Papa Museum-Nova Zelândia). Possui obras em acervos do Museu de Arte do Rio de Janeiro, MARGS (Porto Alegre-RS), Defibrillator Gallery (Chicago-EUA), Museu da Universidade Federal do Pará, Casa das Onze Janelas (Belém-PA), Museo Ex Teresa de Arte Actual (México) e Fundação Rômulo Maiorana (Belém-PA).